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sábado, 14 de janeiro de 2012

Saudades...


"A saudade é um perigoso Photoshop". Esta frase de Fabrício Carpinejar me motivou a escrever este post. 

O que é a saudade? Pra mim, é a presença constante da ausência. Em geral, é um sentimento bem difícil de se lidar. Talvez a única vez que ela seja doce e desejável é quando vem da nostalgia, das lembranças de infância, de amigos, da escola... 

Ela dói! E, a dor não vem de recordações ruins, afinal, só sentimos saudades daquilo que foi bom, daquilo que nos fez feliz enquanto era presente. Este passado, estas cenas constantes na cabeça, este sentimento latejando no coração, empalidece.

Quando você sente falta de comer aquela bala em que era viciado na infância, você vai ao mercado e compra. É fácil! Mas, e quando a saudade é de alguém que se foi? Foi porque quis ou porque morreu. O fato da pessoa já não estar mais entre nós é o consolo lógico enfiado goela abaixo. Não há remédio. Já quando há possibilidade, quando a pessoa está tão perto e ao mesmo tempo tão longe, a dor chega a ser física. Dói a cabeça, aperta o coração, sufoca a alma. Desmotiva os passos, faz até o despertar para um novo dia ser difícil. É mesmo dramático, mas acho que todo mundo já passou por isso um dia.

A única forma de matar este mal é ir em busca do motivo desta saudade. Aí você descobre que ela serve para maximizar os detalhes do reencontro. Intensifica o olhar, a respiração fica ofegante, o abraço mais demorado, o beijo mais gostoso e eterno. Os segundos se transformam em minutos, que viram horas... É fantástico!

Seria lindo se não fosse este bendito alerta do Carpinejar. Porque a saudade é a fome da felicidade que um dia esteve nos braços de alguém, por isso, ela não lembra dos motivos da partida, dos motivos que levaram a esta distância que hoje resulta em saudade... E, saudades daquilo que poderia ter sido, dói mais!

"Só nos sobrou do amor, a falta que ficou" (Renato Russo)









2 comentários:

  1. Saudade boa é aquela que deixamos envelhecer feito vinho, com o tempo ela fica gostosa, dá pra beber sem fazer careta.

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  2. Saudades. Taí uma velha companheira minha. Conheço-a de diversas formas. O olhar perdido e o sorriso nostálgico sempre revelam que, apesar do corpo estar ali, a mente passeia por outros tempos..

    Aproveite a inspiração do momento para escrever!

    Bjo!

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